terça-feira, 29 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
art egipicia
As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.
Pintura Egípcia
Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos).
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).
Escultura Egípcia
Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.
Arquitetura Egípcia
Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado.
by: eder
sociedade
A sociedade do Egito Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que obedecer quem estava acima.
Vejamos abaixo os principais grupos sociais e a função que exerciam nesta sociedade.
Faraó
Era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.
Chefes Militares
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.
Escribas
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
Povo Egípcio
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (diques, represas, palácios, templos).
Escravos
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não possuiam direitos.
by: eder
deuses
Mitologia egípcia e religião
No Egito Antigo, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estas divindades possuíam algumas cararacterísticas (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características.
Nome do deus(a) | O que representava |
Rá | Sol (principal deus da religião egípcia) |
Toth | sabedoria, conhecimento, representante da Lua |
Anúbis | os mortos e o submundo |
Bastet | fertilidade, protetora das mulheres grávidas |
Hathor | amor, alegria, dança, vinho, festas |
Hórus | céu |
Khnum | criatividade, controlador das águas do rio Nilo |
Maet | justiça e equilíbrio |
Ptah | obras feitas em pedra |
Seth | tempestade, mal, desordem e violência |
Sobek | paciência, astúcia |
Osíris | vida após a morte, vegetação |
Ísis | amor, magia |
Tefnut | nuvem e umidade |
Chu | ar seco, luz do sol |
Geb | terra |
piramides
Introdução
Elas foram construídas
Conhecendo as pirâmides
A religião do Egito Antigo era politeísta, pois os egípcios acreditavam em vários deuses. Acreditavam também na vida após a morte e, portanto, conservar o corpo e os pertences para a outra vida era uma preocupação. Mas somente os faraós e alguns sacerdotes tinham condições econômicas de criarem sistemas de preservação do corpo, através do processo de mumificação.
A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Os engenheiros, que deviam guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das contruções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados.
As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, milhares muitas vezes, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide.
A matemática foi muito empregada na construção das pirâmides. Conhecedores desta ciência, os arquitetos planejavam as construções de forma a obter o máximo de perfeição possível. As pedras eram cortadas e encaixadas de forma perfeita. Seus quatro lados eram desenhados e construídos de forma simétrica, fatores que explicam a preservação delas até os dias atuais.
Ao encontrarem as pirâmides, muitas delas intactas, os arqueólogos se depararam com muitas informações do Egito Antigo. Elas possuem inscrições hieroglíficas, contando a vida do faraó ou trazendo orações para que os deuses soubessem dos feitos realizados pelo governante.
FARAOS
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.
O poder dos faraós
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.
Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.
Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utiliza-la para julgar os mortos.
Exemplos de faraós famosos e suas realizações:
- Tutmés I – conquistou boa parte da Núbia e ampliou, através de guerras, territórios até a região do rio Eufrates.
- Tutmés III – consolidou o poder egípcio no continente africano após derrotar o reino de Mitani.
- Ransés II – buscou estabelecer relações pacíficas com os hititas, conseguindo fazer o reino egípcio obter grande desenvolvimento e prosperidade.
- Tutankamon – o faraó menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando morreu, provavelmente assassinado. A pirâmide deste faraó foi encontrada por arqueólogos em 1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros impressionantes.
Curiosidade:
A maldição do faraó
No começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: "morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faráo". Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram de forma estranha e sem explicações. O medo espalhou-se entre muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a "maldição dos faraós" estava fazendo vítimas. Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram, dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu explicar e desmistificar a questão.
EGITO
Introdução
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho eimpostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
|
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Povos Mesopotâmicos
Sumérios
Os criadores da primeira grande civilização mesopotâmica foram os sumérios. Provavelmente originaram a Ásia central, os sumérios, por volta do ano 3500 a.C., fixaram-se ao sul da Mesopotâmia, na região em que os rios Tigres e Eufrades desembocam no Golfo Pérsico. Aí estabelecidos, desenvolveram técnicas hidráulicas para armazenar a água que seria usada nos períodos de seca e para controlar as cheias dos dois grandes rios, evitando a destruição das plantações.
Os sumérios desenvolveram um sistema de leis baseados nos costumes, foram habilíssimos nas práticas comerciais e criaram o sistema de escrita cuneiforme, assim chamado porque escreviam em plaquetas de argila com um estilete em forma de cunha.
Os sumérios organizavam-se politicamente em cidades-Estados como Ur, Nipur e Lagash. Cidade-Estado é a comunidade urbana soberana, ou seja, uma unidade política com características de Estado soberano.
Cada uma dessas cidades era independente e governada por um patesi, que exercia as funções de primeiro-sacerdote do deus local, governador, chefe militar e supervisor das obras hidráulicas.
Depois de longo tempo de autonomia, as cidades sumerianas se enfraqueceram, devido às lutas pela gemonia política. O enfraquecimento possibilitou as invasões de vários povos semitas.
Amoritas
O Primeiro Império Babilônico
Entre os invasores estavam os amoritas, que se estabeleceram na cidade de Babilônia, Na Média Mesopotâmia. Hamurábi, omais importante rei da Babilônia, tornou-se famoso por ter elaborado o primeiro código de leis escritas de que se tem notícia. As punições previstas pelos Código de Hamurábi variarvam de acordo com condição social da vítima e do infrator. Dele se extraiu a Lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente..."
Sob o comando de Hamurábi os babilônios conquistaram toda a Mesopotâmia e criaram um Estado unificado. Nascia então o primeiro Império Babilônico. Cada cidade passava a ser governada por homensescolhidos pelo imperador.
Assírios
Depois da morte de Hamurábi, o esplendor da Babilônia não durou muito. Anos mais tarde toda a Mesopotâmia foi conquistada pelos assírios, povo que vivia nas regiões áridas e inférteis do norte mesopotâmico, em cidades como Nínive e Assur.
A crueldade era uma das principais características dos querreiros assírios. Para eles a guerra era essencial, pois viviam do saque, da escravidão e dos impostos e tributos pagos pelos povos que submetiam.
O império assírio foi destruído em 612 a.C. pelos caldeus.
Caldeus
O Novo Império Babilônico
Com os caldeus, A Babilônia recuperou seu resplendor. No reinado de Nabucodonosor, o Novo Império Babilônico atingiuseu apogeu. Suas terras se estendiam por quase todo o Oriente Médio, limitando-se com o Egito.
A Babilônia enriqueceu-se e embelezou-se com grandes obras publicas, como os até hoje famosos jardins suspensos construídos por Nabucodonosor, tornando-se a mais notável cidade do Oriente .
Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistado pelos exércitos dos persas. A vitória foi facilitada pelo apoio dos sacerdotes e comerciantes babilônicos, que se aliaram aos invasores em troca da manutenção de seus privilégios.
Sociedade e Economia: Independentemente dos povos que ocuparam a Mesopotâmia, podemos generalizar e dividir a sociedade, nos diferentes, em: classes privilegiadas (sacerdotes, nobres, militares e comerciantes) e não-privilegiadas (artesãos, camponeses e escravos).
No topo dessa organização socialestava o rei, considerado como representante de um determinado deus na Terra.
As classes privilegiadas os altos cargos públicos e monopolizavam o poder, a riqueza e o saber. Viviam ricamente da exploração do trabalho das massas não-privilegiadas.
Na Mesopotâmia as terras cultiváveis pertenciam aos deuses; por isso a maior parte delas era propriedade dos templos e dos governantes.
Essas terras eram entregue aos camponeses para o cultivo de cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas como a macieira, o pessegueiro, a ameixeira, a pereira e, principalmente, a tamareira. Pelo direito de cultivar o solo os camponeses eram obrigados a entregar aos sacerdotes parte do que produziam.
Como grandes proprietários e grandes exploradores do trabalho dos camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes acumulavam grandes fortunas.
Além de serem explorados em sua mão-de-obra pela elite latifundiária, os camponeses e os escravos eram obrigados a trabalhar coletivamente na construção de obras hidráulicas e de obras públicas.
Cultura
Religião
A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfica. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como todo poderoso e imortal. Os principais deuses eram: Anu, deus do céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens.
Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gênios, demônios, advinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois achavam que os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e sem esperanças de uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam ser determinados pela posição dos astros no céu. Os sacerdotes se aproveitaram das crendices para divulgar a astrologia, elaborar os horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da leitura dos astros.
Artes, Escrita e Ciências
A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos e palácios.
Os templos, chamados zigurates, possuiam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local de observação de astros.
A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos para assírios.
Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre e Eufrades.
Os babilônicos acreditavam na existência de uma relação entre os astros e o destino dos homens, e, por isso mesmo, a astronomia era sua ciência predileta. Eles foram os primeiros a fazer a distição entre planetas e estrelas, a observar várias fases da Lua, os eclipses e etc. Criaram os sígnos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses, a semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas.
Foram também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da matemática.
Uso de metais
Metais e minérios de metais já são usados e colecionados no período Neolítico, principalmente como uma curiosidade, por ser esteticamente simples e atraente: eles são raros e bonitos. Como outras pedras preciosas, tem sido encontrados metais no período Neolítico em locais bem afastados dos ambientes no qual ocorrem normalmente, também como presentes funerários. Eles eram objetos atraentes, conferindo status ao seu possuidor. Apreciados em especial eram a prata e o ouro. Indústria de mineração: É conhecida desde o final do Paleolítico e uma indústria bem desenvolvida no período Neolítico.
O cobre, fácil de ser trabalhado, começa a ser usado, e se descobre que o calor pode recuperar as propriedades do metal, em caso de quebras ou lascas. Simples artefatos de cobre foram encontrados em vilas da Turquia, trabalhados com o uso do martelo, a cerca de 7000 Antes da Nossa Era.
Cidades Neolíticas de exceção
Comunidades de vilarejos (6000-3000 ANTES DA NOSSA ERA)
Os primeiros povoamentos isolados são encontrados nos vales de pequenos rios nas montanhas de Zagros e nas pequenas planícies também de vales. Novas povoações parecem-se com comunidades de vilarejos, próximas umas às outras, em locais onde os rios correm para vales maiores e onde os rios são mais fáceis de serem controlados. O clima mais seco (começando em cerca 3500 ANTES DA NOSSA ERA) faz com a irrigação comece a desempenhar seu papel na agricultura.
Melhor controle sobre a colheita e a criação de animais domésticos, bem como o uso intensivo da agricultura aumentou a produção de alimentos, fazendo com que maiores comunidades passassem a existir. A proximidade dos vilarejos tornava mais fácil a comunicação e a interação entre as mesmas. Isto estimulou o intercâmbio cultural e econômico, mas também trouxe a possibilidade de conflitos. O surgimento de regras e acordos para evitar ou resolver conflitos surge como um fator importante no processo da civilização, sendo considerados mais importantes do que a necessidade administrativa de maior cooperação nos trabalhos de irrigação.
O povoamento das planícies do extremo sul da Mesopotâmia ocorre mais tarde. A irrigação destas planícies, como o sabemos segundo textos babilônicos posteriores, com seus longos canis e falta de água suficiente, exige um sistema de administração de recursos eficiente, o que ocorreu em épocas mais avançadas no tempo.
Cerâmica de Halaf
Encontrada em Tell Halaf, ou Tell Halif, no Norte da Síria é uma das primeiras a ser identificada. O período de Halaf ocorre a cerca de 4000 ANTES DA NOSSA ERA. É uma cerâmica delicada e indica o começo da especialização dos artesãos. O número pequeno destas cerâmicas indica que eram também consideradas artigos de luxo.
O Período de Ubaid-(4000-3500 ANTES DA NOSSA ERA): Período chamado assim pela cerâmica encontrada no local chamado de Tell el-Ubaid no sul do Iraque. As características desta cerâmica são formas concêntricas e onduladas. O uso deste modelo por outras regiões indica uma economia semelhante e alto grau de profissionalismo. A roda do oleiro (introduzida na transição do Período de Uruk) passa a ser encontrada apenas nas regiões mais desenvolvidas. A roda do oleiro exigia uma argila melhor de ser trabalhada, que é obtida com a adição de elmentos especiais, ou seja, como por exemplo, óxido de ferro, que confere uma cor marrom-avermelhada típica ao produto.
Cerâmica
O problema de estocar alimentos
O princípio da agricultura
Neolítico (Nova Idade da Pedra)
Começa uma lenta, mas irreversível mudança nos métodos de coleta de alimentos pela caça, pesca e coleta de plantas/frutas. Estes foram gradualmente sendo substituídos pela criação de animais domésticos e pela agricultura. Esta mudança ocorre juntamente com a alteração do modo de vida nômade para uma vida sedentária. O Neolítico é visto como uma época relativamente pacífica, pois não existem fortificações ao redor das vilas e habitações.
Povoações isoladas a partir de 9000 ANTES DA NOSSA ERA: O Neolítico na Mesopotâmia é caracterizado por uma mudança na localização, distribuição e tamanho das povoações: de acampamentos espalhados em áreas na qual a caça e pesca era abundantes, passam a ser ocupados os grandes vales. As primeiras provas para a domesticação de plantas e animais vêm dos acampamentos datados desta época, e já são vistos em locais esporádicos a partir de 9000 ANTES DA NOSSA ERA; por exemplo, a distribuição de ossos de machos e fêmeas não pode apenas ser explicada apenas pela caça.
Caldeus (612 a.C.-539 a.C.)
Assírios (1300 a.C.-612 a.C.)
De origem semita, os assírios viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre. A partir do final do segundo milênio a.C., passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Realizaram diversas conquistas e expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao Egito. O centro administrativo do império assírio era Nínive, onde foi feita a biblioteca real de Assurbanípal, com mais de 22 mil placas de argila.
O exército assírio era um dos mais notáveis da Antigüidade, fato que proporcionou aos assírios o poder de conquistar diversos territórios. A cada território o exército aumentava ainda mais por causa do alistamento obrigatório que esses implementaram. Alguns historiadores acreditam que os assírios pudessem colocar até 100 mil soldados em campo..
Mesmo com o exército, o império não conseguiu se sustentar, em grande parte pelo fato de que a maioria da população do império não gostava do regime militar e muitas vezes cruel, ao qual estavam submissas. Um dos reis que mais se destacou foiAssurbanípal.
Amoritas (2000 a.C.-1750 a.C.)
No início do segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates. Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o Primeiro Império Babilônico. Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos", o que os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico, denominados neobabilônicos.
O soberano que mais se destacou foi Hamurabi (1728 a 1686), elaborando leis que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, que tinha como base um código sumeriano " Ur-nammu". O " Código de Hamurabi". O caratér das leis que constituíam o Código de Hamurabi era bastante severo - a pena era equivalente à falta cometida.
Se um filho agredisse um pai, teria as mãos decepadas. Caso um médico perdesse seu paciente, responderia pelos seus erros, tendo também as mãos decepadas. Dessa forma,pode-se dizer que as leis deste governantes se baseavam no príncipio do olho por olho, dente por dente. Apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à herança, à escravidão e a falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Talião ("Olho por olho, dente por dente"). Após sua morte, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a chegada dos assírios.
Desenvolveram um preciso relógio de sol.
Cronologia dos principais eventos
- 6000-5000 a.C.
- Invenção do arado.
- 5000 a.C.
- 3000 a.C.
- Idade do Bronze.
- Civilização suméria.
- Primeiras cidades.
- Foram criados a escrita e o sistema de numeração.
- 2500 a.C.
- Sargão I de Acádia unifica a Mesopotâmia
- 2000 a.C.
- Primeira civilização assíria.
- Invasão dos hititas.
- 1900-1200 a.C.
- Primeiro império babilônico.
- Reino de Hamurabi.
- Código de Hamurabi.
- 1290 a.C.
- 1200 a.C.
- Fim do reino babilônico e dominação assíria na Mesopotâmia.
- 1100 a.C.
- 700 a.C.
- Reino dos medos.
- 600 a.C.
- Na Babilônia: Reino de Nabucodonosor II.
- 550-331 a.C.
- Ciro, o Grande, conquista Ecbatana, capital dos medos, e a Babilônia.
- Início do reinado persa.
- 331 a.C.
- Alexandre Magno derrota os persas na Batalha de Gaugamela e conquista a Mesopotâmia.
- Invenção do arado.
- Idade do Bronze.
- Civilização suméria.
- Primeiras cidades.
- Foram criados a escrita e o sistema de numeração.
- Sargão I de Acádia unifica a Mesopotâmia
- Primeira civilização assíria.
- Invasão dos hititas.
- Primeiro império babilônico.
- Reino de Hamurabi.
- Código de Hamurabi.
- Fim do reino babilônico e dominação assíria na Mesopotâmia.
- Reino dos medos.
- Na Babilônia: Reino de Nabucodonosor II.
- Ciro, o Grande, conquista Ecbatana, capital dos medos, e a Babilônia.
- Início do reinado persa.
- Alexandre Magno derrota os persas na Batalha de Gaugamela e conquista a Mesopotâmia.
História da Mesopotâmia
Porém, Richard Leakey, em seu livro A evolução da Humanidade, relata como Jack Harlan demonstrou que coletores poderiam ter um armazenamento de alimentos significativo: sua experiência se deu utilizando uma foice de sílex colhendo trigo e cevada selvagens. Portanto, as primeiras comunidades que abandonam o nomadismo poderiam ser de caçadores-coletores não restringindo o sedentarismo unicamente à agricultura ou a domesticação de animais, o que também se fez importante nesse processo de urbanização.
O surgimento dos primeiros núcleos urbanos na região foi acompanhado do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a utilização dos pântanos, evitava inundações e garantia o armazenamento de água para as estações mais secas. Fazia-se necessária a construção dessas estruturas para manter algum tipo de controle sobre o regime dos rios Tigre e Eufrates. Esses rios gêmeos, em função do relevo que os envolve, correm de noroeste para sudeste, num sentido oposto ao rio Nilo, sendo as enchentes na Mesopotâmia muito mais violentas e sem uniformidade e a regularidade apresentada pelo Nilo. " A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o homem à terra" (PINSKY, 1994) Somente o trabalho coletivo permitiu que se pudesse dominar os rios, o homem que se afastava das cidades se afastava das áreas irrigadas, pondo-se à margem desse processo.
Os mesopotâmicos não se caracterizavam pela construção de uma unidade política. Entre eles, sempre predominaram os pequenos Estados, que tinham nas cidades seu centro político, formando as chamadascidades-Estados. Cada uma delas controlava seu próprio território rural e pastoril e a própria rede de irrigação. Tinham governo e burocracia próprios e eram independentes. Mas, em algumas ocasiões, em função das guerras ou alianças entre as cidades, surgiram os Estados maiores, sempre monárquicos, sendo o poder real caracterizado de origem divina. Porém, essas alianças eram temporárias. Apesar de independentes politicamente, esses pequenos Estados mesopotâmicos eram interdependentes na economia, o que gerava um dinâmico processo de trocas. Segundo Pierre Lévêque "o Estado mesopotâmico é, primeiro que tudo, uma cidade, à qual o príncipe está ligado por estreitos laços; é igualmente uma dinastia, legitimação do seu poder".
Os vestígios arqueológicos são limitados e por isso não se pode definir como a organização política e social se dava exatamente dentro de algumas dessas primeiras cidades. Uma das fontes de referência para o estudo da Mesopotâmia, que não um dos documentos encontrados nas escavações na região, é a bíblia. Nela se fazem referências as cidades de Ur, Nínive e Babilônia . Muitas das histórias presentes no Antigo Testamento são possivelmente derivadas de tradições dessa região, por exemplo o dilúvio. Os autores da Antigüidade como Heródoto, Beroso, Estrabão e Eusébio também fazem referências à Mesopotâmia. Por isso ao estudar a Mesopotâmia deve-se atentar para a construção de uma proto-história baseada em evidências fragmentadas e esparsas, já que as escavações só se iniciam a partir do século XIX, e ainda hoje muitas lacunas estão expostas.
domingo, 16 de maio de 2010
Pré-História
A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4.000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e actividades de caça e de re-colecção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sendentarismo e a criação das primeiras cidades.
Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver: - No Período Paleolítico ou Idade Da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo; - No Período Neolítico ou Idade Da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais; - Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos.]
Idade Antiga
A Antiguidade compreende-se de cerca de 4.000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde floresceram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egipto, Palestina, Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.
Idade Média
A Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.
Idade Moderna
A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produçãocapitalista.
Idade Contemporânia
A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.